25 de dezembro de 2013

O Presépio na Alma de Cada Um

A Essência do Natal Não Pode
Ser Encontrada no Mundo Externo

Carlos Cardoso Aveline



A celebração do amor universal é feita pouco antes de virarmos mais uma vez a página sagrada do ciclo de doze meses, no Livro da Vida. 

Para a filosofia esotérica, a verdadeira celebração do Natal ocorre no coração humano, e é lá que se encontra o mais importante dos presépios. No coração vive e renasce o nosso “eu” mais elevado. A experiência é iniciática. Cada elemento do presépio externo pode ser reconhecido como um símbolo do Caminho para a Sabedoria. 

As condições do inverno do Hemisfério Norte correspondem ao processo de provações e testes que antecede à iniciação. As ovelhas representam a suavidade de alma necessária para transcender as dificuldades externas. 

O burro significa humildade e serviço altruísta, que compensam e reduzem alguns dos sofrimentos da vida. Uma cabra é um símbolo da persistência necessária para subir até a altura do espírito imortal. 

As fracas chamas acesas ao redor do recém-nascido são as luzes da alma espiritual, sempre precárias no meio da noite do materialismo e da ignorância. Os pais da criança, e as outras crianças presentes, representam a humanidade. O galo anunciará o novo dia.

Uma vaca, frequentemente presente na cena, representa a Vida como um todo e por isso ela é sagrada na Índia. Uma estrela no céu, brilhando sobre o presépio, representa Atma e a Lei Universal. A cena inteira constitui um estudo sobre a comunhão, ou unidade na diversidade. Este é um dos temas centrais das grandes iniciações. 

A cada ano, nascemos durante o Natal para recomeçar a viver de modo melhor no Ano Novo. Ao longo deste ciclo e de outros, aprendemos a existir em unidade consciente com a nossa invisível Estrela no céu. 

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